Hoje vamos falar sobre o ODS 3: assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as idades. Trata-se de um campo em que já se progrediu muito nas últimas décadas, mas ainda há muito a fazer.
Embora a mortalidade infantil tenha caído substancialmente desde 1990, mais de seis milhões de crianças ainda morrem a cada ano em todo mundo, antes do seu quinto aniversário. Elas estão concentradas (75%) na África Subsaariana e no Sul da Ásia.
A mortalidade materna – proporção de mães que não sobrevivem ao nascimento do filho, comparada com aquelas que sobrevivem – caiu quase 50% desde 1990, mas ela ainda é 14 vezes mais alta nos países em desenvolvimento.
Também entram no balanço da saúde global, entre outros fatores, as epidemias de AIDS, tuberculose, malária e doenças tropicais negligenciadas, o consumo de tabaco, álcool e entorpecentes, as mortes e ferimentos por acidentes em estradas, a contaminação do ar, dos rios e do solo, a desnutrição, a obesidade, além da precariedade da infraestrutura e da falta de profissionais de assistência à saúde em muitos países.
Segundo a OMS, o mundo precisa de mais 9 milhões de enfermeiras(os) e parteiras para atingir a meta de cobertura universal de saúde até 2030. Nas Américas, a OPAS destaca que são necessários 800 mil profissionais de saúde a mais, incluindo pessoal de enfermagem e obstetrícia.
Não por acaso, 2020 foi definido como o ano internacional de profissionais de enfermagem e obstetrícia. Uma justa homenagem a esses profissionais que, quando da definição da data comemorativa, não poderiam imaginar o desafio que viriam a enfrentar por conta da atual pandemia do coronavírus.