Instituto Agir Ambiental também esteve presente em evento paralelo ao 8º Fórum Mundial da Água, que reúne organizações e movimentos sociais para discutir a defesa e o acesso à água em atividades autogestionadas, plenárias e assembleias
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Por Ana Carolina Wolfe
Paralelo ao 8º Fórum Mundial da Água está acontecendo, na Universidade de Brasília (UnB), o Fórum Alternativo Mundial da Água (FAMA), que reúne organizações e movimentos sociais para discutir a defesa e o acesso à água. O evento será realizado de 17 a 22 de março e conta com extensa programação, que inclui várias atividades culturais.
O foco da participação do Instituto Agir Ambiental no FAMA foi no domingo (18), nas atividades autogestionadas. Vale destacar que, no primeiro dia de evento, as 2.000 pessoas presentes superaram as expectativas da organização, que está a cargo de 36 organizações e movimentos sociais.
Entre as atividades, destaque para o debate sobre o risco de exploração não convencional por fracking para os aquíferos, organizado pela 350.org e pela Coalizão Não Fracking Brasil (Coesus). O fraturamento hidráulico, mais conhecido como fracking, é uma tecnologia minerária para perfuração de poços profundos que necessita da injeção de 30 a 40 milhões de litros de água doce misturados a centenas de produtos químicos tóxicos, cancerígenos e alguns até radioativos. Além de contribuir para a escassez hídrica, ele também agrava as alterações no clima, uma vez que libera sistematicamente o gás metano, 86 vezes mais danoso que o CO2. Nicole Oliveira, diretora da 350.org Brasil e América Latina, falou ainda sobre os leilões para licitação de blocos para exploração de petróleo e gás da Agência Nacional de Petróleo e Gás (ANP), e o risco que muitas regiões correm de ter que enfrentar o fracking no seu dia a dia. Além disso, Nicole lembrou que 350 cidades já proibiram a extração do gás de xisto através de ações locais e organizadas com a sociedade.
Outro evento de destaque no segundo dia do FAMA foi o debate “Sem água potável e saneamento, não há Agenda 2030”, organizado pela Rede ODS Brasil. O objetivo da roda de conversa foi discutir o ODS 6 – Água Potável e Saneamento, que é a base para o desenvolvimento sustentável. Com 35 participantes, entre membros da Rede ODS Brasil e instituições interessadas em integrá-la, a conversa definiu também os passos futuros para ampliar o debate, como a realização de novos encontros com a mesma temática, a articulação das instituições para organizar eventos locais e a inserção do assunto na V Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente, que este ano também tem como tema a água.
Nos próximos dias, as atividades do FAMA estarão concentradas no Pavilhão central, com as plenárias e assembleias.
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