O ODS 5 busca alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas. E há muito trabalho a fazer. De acordo com o estudo publicado em janeiro deste ano pela Organização Internacional do Trabalho com base em dados de 115 países, a diferença salarial média entre homens e mulheres é de 14%. Nas profissões dominadas por homens as diferenças salariais são ainda mais altas.
“A disparidade salarial entre homens e mulheres é apenas um sintoma da desigualdade de poder entre os gêneros”, afirmou o secretário-geral da ONU, António Guterres, em artigo publicado em março passado.
“As mulheres ainda são excluídas do alto escalão, de governos a conselhos corporativos e premiações de prestígio. Mulheres líderes e figuras públicas enfrentam assédio, ameaças e abuso, na Internet ou fora dela”, prossegue o secretário-geral. Ele enfatiza, ainda, que “mulheres e meninas fazem cerca de 12 bilhões de horas de trabalho não remunerado todos os dias, o que simplesmente não é levado em conta na tomada de decisões econômicas”.
O primeiro passo para mudar essa realidade é promover uma profunda mudança de mentalidade – sem esquecer, claro, das necessárias políticas públicas que promovam a igualdade de gênero. Por isso, a ONU tem realizado, desde 2014, a campanha #ElesPorElas, “um esforço global para envolver homens e meninos na remoção das barreiras sociais e culturais que impedem as mulheres de atingir seu potencial, e ajudar homens e mulheres a modelarem juntos uma nova sociedade”, como se lê no site oficial.
Neste ano, o foco foi a divulgação de fotografias de homens compartilhando com suas companheiras as tarefas domésticas, pelas quais os dois são igualmente responsáveis. O resultado pode ser conferido na página da campanha no Facebook.